As atuais demandas sociais, políticas e culturais, assim como os constantes processos migratórios vêm exigindo, cada vez mais, um redimensionamento de mundo em que a diversidade constitui sobremaneira um cenário de respeito às diferenças, de crença, de gênero, social, cultural, linguística, entre outras. Tal configuração apresenta um sujeito de identidade fluida, líquida, saindo de sua “zona de conforto”, da unicidade cartesiana em direção a limites movediços e frágeis, tanto do ponto de vista territorial quanto de sua natureza humana.

A nova “ordem de discurso” exige a inserção desses sujeitos como protagonistas de suas práticas sociais, agentes de seus dizeres, atuando ativa e decisivamente na construção de seus saberes e na promoção de mudanças sociais. A língua, elemento fundador, cumpre papel essencial na cena, em razão de ser a garantia sine qua non da constituição desse sujeito.

Essa moldura repercute diretamente nas instituições de ensino, que devem ter como premissa nos processos de ensino e de aprendizagem a busca constante de fundamentos teórico-metodológicos em consonância com tais demandas. É obrigação da escola, como representante do estado, promover caminhos pedagógicos que contribuam para formação de estudantes, futuros cidadãos, preparados para um mundo em que o imigrante e o refugiado sejam vistos como seus pares em direção a sociedades mais igualitárias, mais justas, mais humanas.

Como já vem ocorrendo, acreditamos que esse encontro seja mais uma oportunidade para que, através de nossas trocas de experiências com ensino e pesquisa, possamos discutir e vislumbrar modi operandi para nossas práticas pedagógicas.